Flatulência: Dicas para Acabar com Excessos Incómodos
A flatulência mais não é do que ar ou gases que se alojam nos intestinos e são expelidos por via anal. São, obviamente, causa de desconforto – não só por provocarem uma distensão abdominal mas também porque pontualmente os flatos podem ser socialmente confrangedores.
A produção e libertação de gases têm a sua principal origem nos hidratos de carbono que não se desfazem no estômago
Grande parte da produção da flatulência desenvolve-se no intestino através dos hidratos de carbono que não se desfazem aquando da sua passagem pelo estômago. O que acontece é que como o intestino não produz as enzimas necessárias para digeri-los, os hidratos de carbono ficam a fermentar.
Factores genéticos podem também constituir causa de flatulência – assim como uma dieta alimentar saudável e pobre em gorduras porém extremamente rica em fibras e em hidratos de carbono. A flatulência pode, então, ser mais ou menos intensa nas diferentes pessoas consoante as suas causas.
Sabe-se que a maioria das pessoas produz um nível de flatulência considerada normal para os especialistas e, em média, uma pessoa adulta poderá expelir cerca de vinte flatos por dia. Estes flatos podem, obviamente, ser prevenidos. Como?
Eliminar completamente e definitivamente a flatulência é impossível mas uma dieta alimentar adaptada pode diminuir a ocorrência
Quando se trata de falar em acabar – como quem diz reduzir – com a flatulência o melhor é reescrever o diário alimentar. As leguminosas são naturalmente uma fonte explosiva de flatos. O feijão, as ervilhas, as lentilhas e a soja, entre outras, são potenciais poderosíssimos por serem abundantes em hidratos de carbono não absorvíveis. Isto quer dizer que as leguminosas têm tendência a fermentar no intestino.
Vamos manter as leguminosas na dieta, sim, até porque nos dão as proteínas, fibras e outros nutrientes importantes e imprescindíveis, mas vamos aplicar-lhes alguns truques por forma a controlarmos a flatulência. Vamos colocar o feijão de molho durante a noite e depois trocar-lhe a água antes de o metermos na panela a cozer. E quando estiver a cozer, que coza bem – já que é do conhecimento geral que o amido mal cozido aumenta a produção de gases.
Talvez não seja má ideia fazermos o teste da intolerância alimentar à lactose à frutose e aos adoçantes para sabermos se o excesso de flatos não advém dessa disfunção. Uma outra dica refere-se ao tempo de mastigação das refeições. Experiências clínicas comprovam que uma digestão mal feita potencia o risco de os alimentos chegarem ao intestino não processados.
Durante as refeições devemos ter a consciência de que falar muito implica engolir muito ar. Vamos falar menos, beber mais para prevenir a obstipação e, desta feita, os flatos malandros. Andar a pé também ajuda por estimular os movimentos intestinais.
