Disseminado em regiões latinas da América Central e do Sul, o pau d´Arco já é um ingrediente essencial na Naturopatia de imensos países, incluindo de Portugal, e obtém-se a partir da casca interior das árvores «Tabebuia impertigosa» de florestas tropicais do Brasil, da Argentina, do Paraguai, entre outras zonas.
De resto, esta substância tem sido utilizada há centenas e centenas de anos pelos índios da Amazónia para as mais diversas situações terapêuticas. Acredita-se ainda que os Incas recorriam bastante ao pau d´Arco para tratar de uma vasta gama de patologias: desde problemas intestinais a febres, sem esquecer as mordeduras de cobras ou a desinteria.
Para além disso, o pau d´Arco é reconhecido como um autêntico «purificador do sangue», graças à sua capacidade de eliminar agentes químicos e patogénicos do sistema circulatório.
Por outro lado, desde a década de 60 que este remédio natural tem sido aplicado em tratamentos oncológicos, com especial destaque para a leucemia. Realmente, uma série de estudos científicos já comprovou a acção anticancerígena do pau d´Arco. Por exemplo, de acordo com o Journal of Medical Food, no campo da leucemia, a substância reduz a acção da telomerase, o que provoca a morte das células cancerígenas.
Quanto ao cancro da mama, o pau d´Arco tem a capacidade de inibir os receptores dos estrogénios, segundo informações da publicação International Journal Molecular Medicine. Já no cancro do fígado, é possível evitar o crescimento deste órgão e a sua metastização.
As propriedades oncológicas são aparentemente infindáveis. Sabia que esta substância é «preciosa» para o cancro da bexiga? Afinal de contas, não só inibe o seu aumento, mas também estimula a apoptose, isto é, a morte programada de células cancerígenas, o que possibilita a renovação celular, algo que também acontece nos cancros do pulmão e do cólon. Os tumores da próstata são outro alvo do pau d´Arco, porque este inibe a inflamação e diminui a telomerase.
Mas a que é que se deve tantas propriedades anti-tumorais? O principal responsável é o lapachol, um dos princípios activos do pau d´ Arco que permite a morte das células cancerígenas, para além de incluir uma acção anti-viral, diurética, anti-inflamatória e imunoestimulante.
Continuando a falar em princípios activos, a quinona é um componente que também tem uma extrema importância, especialmente para a coagulação do sangue: é que esta substância permite que o fígado produza protrombina e outras matérias que facilitam esse processo.
Eis outro principio activo relevante: o flavonóide, do qual se deve destacar a acção antioxidante e anti-alérgica.