De uma forma simples e objectiva os diuréticos são substâncias cujo objectivo é a eliminação de água. Sabe-se, no entanto, que o efeito destes será sempre provisório e as vantagens do seu consumo acabam por ir mais além do que a mera manutenção de níveis de baixa retenção hídrica.
Uma meta comum, a da eliminação do sódio e da água através da urina, para vários tipos de diuréticos
Existem, de facto,
vários tipos de diuréticos com substâncias diferentes para um mesmo fim – já que todos eles servem, actuando em diferentes zonas dos rins, para promover a eliminação do sódio e da água através da urina. Não está, por este motivo, excluída a hipótese de combinação de vários diuréticos com vista a uma actuação mais eficaz – tanto os recomendados pela medicina convencional como os outros vulgarmente chamados de produtos naturais.
É muito importante perceber que os benefícios, ou vantagens, da acção dos diuréticos – apesar de exercerem acção focalizada nos rins – acabam por ser transversais. A eliminação de sódio é altamente benéfica para combater problemas cardíacos, nomeadamente nas questões ligadas à hipertensão arterial.
Também os edemas, uma patologia oriunda precisamente no excesso de sódio no sangue que provoca retenção de água, beneficiam com o uso adicional de diuréticos. O sódio em excesso é um mineral que tem de ser excretado pelo organismo, razão pela qual durante a utilização de diuréticos será necessário aumentar o volume de água na urina. Mas atenção com o sal! e a sua ingestão abaixo do habitual – é que, por si, os diuréticos não fazem milagres…
As indicações para administração de diuréticos são, de facto, imensas: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, hipocalemia e hipercalemia (desequilíbrios acima ou abaixo dos níveis de potássio) insuficiência renal, síndrome nefrótica, edemas e inchaços, edema cerebral, diabetes, glaucoma e ascite.
Os efeitos secundários dos diuréticos passam pela perda de potássio, tonturas, fraqueza, desidratação, problemas de pele. E não só!
Antes de mais convém referir que são imensamente maiores as vantagens e os benefícios da acção dos diuréticos comparativamente aos seus efeitos secundários – o que não quer dizer que não os haja, porque há. A perda de potássio constitui, de facto, o efeito secundário mais frequente durante a administração de diuréticos. Este extremo é particularmente preocupante devido ao aumento do risco de alterações do ritmo cardíaco que podem ser muito graves. Por esta razão é sempre aconselhável tomar um suplemento de potássio, ou ingerir alimentos ricos em potássio, por forma a manter os níveis saudáveis de potássio no organismo.
Igualmente a diurese frequente é outro efeito secundário que se revela na utilização de diuréticos, assim como tonturas e fraqueza (mais frequentes em idosos), cãibras (também relacionadas com os baixos níveis de potássio), desidratação, irritações na pele (porém bem mais raras), perda de apetite e vómitos.
Refira-se que efeitos secundários dos diuréticos, como tonturas, desmaios e até delírios, são mais passíveis de ocorrer em idosos visto estarem mais susceptíveis à desidratação, à diminuição do volume de sangue e à deficiência de cálcio, potássio, sódio e magnésio. Mas o mais importante é perceber que até na administração de diuréticos é necessário um especial cuidado e tratando-se de pessoas mais velhas esse cuidado tem necessariamente de aumentar.