O aparelho urinário é alvo de inúmeros problemas que têm solução, mas acabam por pôr em causa a nossa saúde e bem-estar. Um dos mais frequentes são as temidas pedras nos rins, umas formações endurecidas que se localizam nesses órgãos ou nas vias urinárias, devido à acumulação de cristais de sais na urina, como os fosfatos ou o cálcio.
Realmente, estes cálculos renais são mesmo muito temidos em qualquer aparelho urinário. Afinal de contas, como causam obstrução, provocam bastante dor nas costas e no abdómen, para além de estarem ainda na origem de vómitos e de náuseas. As pedras nos rins são tratadas com recurso a uma cirurgia para a remoção, sobretudo daqueles cálculos de maiores dimensões.
Os rins também podem sofrer de nefrite, ou seja, de uma inflamação crónica (que origina lesões mais graves) ou aguda (com lesões mínimas), causada pelos mesmos agentes que provocam sinusites e amigdalites, entre outros exemplos. Aliás, normalmente as pessoas que têm nefrite já passaram por um problema de infecção de garganta ou ainda de pele.
A mudança de tom da urina é o sintoma mais associado à nefrite. Afinal, este líquido acaba por ficar mais escuro. De resto, deve-se acrescentar que existem vários tipos de nefrite, devido à sua localização. Por um lado, há a glomerulonefrite, na qual a inflamação afecta acima de tudo a unidade funcional do rim: o glomérulo. Por outro, a nefrite intersticial ocorre nos túbulos dos rins.
Eis um pesadelo para o aparelho urinário das mulheres: a cistite, uma inflamação da bexiga, que acontece por motivos anatómicos. É que, no corpo feminino, a uretra é muito mais curta do que nos homens, o que facilita o acesso a microrganismos que originam a cistite. O tratamento tem de ser o mais rápido possível para evitar que a infecção avance até aos rins.
Já as infecções urinárias (isto é, que surgem no canal da urina) são um pesadelo para ambos os géneros. Estas doenças têm como principal causa a presença de fungos, de bactérias ou de vírus que se localizam no interior da uretra. Os sintomas são mesmo preocupantes para cada um dos pacientes: desde a febre à dor ao urinar, sem esquecer o sangue na urina ou a vontade intensa e frequente de ir à casa de banho.
Finalmente, a incontinência urinária é outro problema frequente neste aparelho, principalmente na população mais idosa que sofre, então, de uma falta de controlo da bexiga e de uma perda involuntária de urina.
Esta doença divide-se em duas categorias: a incontinência de urgência (que se manifesta com a incapacidade de controlar a bexiga quando se sente vontade de urinar) e a incontinência de esforço (mais comum nas mulheres, surge quando há um aumento súbito de pressão no abdómen e a urina escapa).